Por Susana Ferreira, Marketing and Sales na Goweb Agency.
Neuromarketing, uma área do marketing por vezes adormecida na hora de planear a estratégia e plano de ação da empresa/negócio. Uma área que oferece insights valiosos sobre o comportamento do consumidor e informa decisões de marketing mais eficazes.
Segundo Gerald Zaltman, hoje em dia “sabemos que 95% das tomadas de decisão diárias, são de motivação inconsciente”. E, segundo um estudo da Forbes, “85% das tomadas de decisão de compra são emocionais e apenas 15% são racionais”. Reconhecem a importância de conhecer o nosso público-alvo?
Combinar os conceitos de neurociência, psicologia e marketing, resulta em entender o comportamento humano, emoções e motivações do nosso público-alvo durante o processo de compra do produto / serviço. Através desta área, conseguimos:
Uma vez, já reconhecido o valor do neuromarketing para o negócio, como aplicar no momento que estou a definir a estratégia e plano de ação do meu negócio? Deixo algumas formas de integrar o neuromarketing na estratégia e plano de ação do negócio / empresa:
- Compreensão do público-alvo: identificar padrões de comportamento, preferências e motivações que informam a segmentação de mercado e a personalização de mensagens. Através de técnicas de neuromarketing: estudos de EEG (eletroencefalografia) e ressonância magnética funcional (fMRI), permite-nos entender as reações emocionais e cognitivas do público-alvo, referentes a estímulos de marketing específicos.
- Design de produtos e embalagens: analisar como o cérebro responde a diferentes designs de produtos e embalagens pode ajudar a otimizar a estética e o apelo visual dos produtos para aumentar a sua atratividade e perceção de valor.
- Publicidade e mensagens de marca: utilizar princípios de neuromarketing para criar anúncios e mensagens de marca que reflitam as emoções e necessidades do público-alvo. Isso pode incluir o uso de narrativas envolventes, cores, imagens e linguagem que ativem áreas específicas do cérebro associadas a emoções positivas e memória.
- Precificação e estratégias de preço: entender como o cérebro processa informações sobre preços e valor pode informar estratégias de precificação mais eficazes, como ancoragem de preços e estratégias de preço premium.
- Experiência do cliente: utilizar insights do neuromarketing para otimizar a experiência do cliente em diferentes pontos de contacto, como websites, aplicativos móveis, lojas físicas e atendimento ao cliente. Isso pode incluir o design de interfaces intuitivas, experiências sensoriais e estratégias de atendimento ao cliente que maximizem a satisfação do cliente e a fidelidade à marca.
- Testes de mensagens e criativos: realizar testes de neurociência aplicada para avaliar o impacto de diferentes mensagens, criativos e elementos de design em métricas de desempenho, como engajamento, memorabilidade e intenção de compra.
Ao integrar o neuromarketing à estratégia e plano de ação de um negócio, as empresas podem tomar decisões mais fundamentadas e eficazes que melhoram a eficácia das suas iniciativas de marketing e impulsionam o sucesso do negócio.
Não se esqueçam, o que as pessoas dizem, é diferente do que elas pensam e da forma como elas agem!