2020 – Onde vou fazer o meu evento? | Artigo de Manuel Roque

Partilhamos consigo um artigo escrito por Manuel Roque, Partner & CEO da Pitch e Membro da Direção da APPM.

Nos últimos anos a área de eventos voltou a subir ao palco e a tornar-se num negócio apetecível para os vários players do mercado nacional. A economia nacional permitiu que várias empresas voltassem a repor a Festa de Verão e a transformassem num momento de convívio e partilha entre todos os colaboradores, o mesmo acontecendo com a Festa de Natal, normalmente com um budget mais generoso. As grandes empresas estrangeiras começaram igualmente a escolher Portugal, e principalmente Lisboa, como o palco das suas convenções e dos seus congressos.

Mas mais uma vez, o nosso país não projetou esta expansão e rapidamente esgotamos as salas disponíveis, ficando sem opções de espaço para podermos realizar o evento que o Cliente nos solicita. A somar à falta de espaços disponíveis, agrava-se a situação quando um dos espaços mais emblemáticos de Eventos, o Convento do Beato, encerrou em Janeiro, pelo período de um ano, para obras de remodelação com vista a modernizar o mesmo.

Quando estamos a falar de um evento superior a 1000 pessoas restam-nos meia dúzia de espaços: Altice Arena, Coliseu dos Recreios, Pavilhão Carlos Lopes, Centro de Congressos de Lisboa, FIL, Aula Magna, CCB e pouco mais.

De salientar ainda que alguns destes espaços estão sempre com as suas agendas preenchidas devido à programação carregada de concertos. Para concretizar os inúmeros pedidos de eventos, torna-se necessário pensar na construção de auditórios cujo limite máximo de ocupação não fique nos 400 lugares, como acontece no auditório do Museu dos Coches ou, mais recentemente, na NOVA SBE.

No Porto o dilema é o mesmo, exceção para a recente sala pavilhão/ Arena Super Bock- Rosa Mota (onde não faltou a polémica do nome ).

Precisamos que alguém de direito pense a sério neste assunto para que no futuro não tenhamos de perguntar: mas afinal onde vamos fazer o evento?